Eólicas: energia limpa e seus desafios...
Por: Márcio Rocha de Souza
Foto: SOUZA, M.R., 2025 - (Em destaque, as eólicas no Município de Mulungu do Morro, BA)
Nestes últimos meses vivendo e trabalhando na Chapada Diamantina é impossível não percorrer alguns poucos quilômetros sem passar por uma fazenda de eólicas. Foi importante compreender como, em pouco menos de 20 anos, as eólicas mudaram a vida das comunidades e povoados baianos. Aqui trouxemos um breve resumo destas importantes transformações no desenvolvimento de muitas localidades, comunidades e povoados.
As fazendas eólicas na Bahia são grandes áreas onde turbinas modernas aproveitam o vento para gerar energia limpa e renovável. A Bahia se destaca no Brasil por ser uma das regiões com mais ventos fortes e constantes, ideal para essa energia sustentável.
Na Chapada Diamantina, um importante parque natural da Bahia, as fazendas eólicas se integram ao cenário preservando o meio ambiente e contribuindo para o desenvolvimento econômico local. Essas usinas ajudam a reduzir a emissão de gases poluentes, geram empregos e fortalecem comunidades próximas, tudo isso com respeito à natureza da região.
As fazendas eólicas na Bahia, com destaque para a Chapada Diamantina, têm trazido vários benefícios socioambientais importantes. Entre eles estão:
- Geração de energia limpa e renovável, que ajuda a reduzir a emissão de gases poluentes e combate as mudanças climáticas.
- Criação de empregos locais durante a construção e operação dos parques eólicos, beneficiando economicamente as comunidades próximas.
- Melhoria da infraestrutura local, incluindo estradas e serviços, que contribuem para o desenvolvimento regional.
- Oferecimento de cursos e capacitação para a população, promovendo inclusão social e valorização das comunidades.
- Desenvolvimento econômico em regiões do semiárido baiano, que tradicionalmente enfrentam pobreza e escassez de chuvas, como áreas próximas à Chapada Diamantina.
- Contribuição para a diversificação da matriz energética do Brasil, elevando a participação das fontes renováveis.
Apesar disso, é importante destacar que também existem desafios e preocupações socioambientais, como conflitos por uso da terra, impactos na fauna (como aves), e alterações na paisagem local, que demandam atenção e gestão responsável pelos empreendedores e órgãos ambientais.
Observamos, neste pouco tempo de vivência na Chapada, o quanto as comunidades e povoados desenvolveram-se por ações diretas e indiretas desde a chegada das eólicas.
Em povoados como o de Gitirana, em Mulungu do Morro, a energia elétrica chegou por volta de 2005. Logo, no esteio, em 2014 chegaram as eólicas próximas a esse povoado. O povoado de Gitirana ganhou uma usina de farinha mecanizada, por exemplo. Além de outros melhoramentos, como acessos e estradas, comércio, chegada da internet, etc.
(Casa de Farinha mecanizada – Povoado de Gitirana, Mulungu do Morro, Bahia.)
Assim, as eólicas na Bahia, especialmente na Chapada Diamantina, mostram como é possível unir energia limpa, cuidado ambiental e progresso social, com foco na sustentabilidade
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34508
https://www.revistas.uneb.br/ouricuri/article/download/23193/15582/82444